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Sentir? Sinta quem lê!

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  Durante a pandemia, um companheiro constante foi um livro de poesias de Fernando Pessoa. Dentre todas, amei A Tabacaria, mas minha favorita foi esta, de Álvaro de Campos: ISTO Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está de pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Assim como muitos outros escritores, aprendi muita coisa de experiências. Uma delas, universal, é que uma hora precisamos colocar o ponto final e por nossa obra no mundo, por mais que queiramos ficar melhorando e reescrevendo vários trechos. Outra coisa que aprendi foi que, uma vez publicada, a obra não é mais só sua: é também de quem lê. Por exemplo: com meu romance “Anos de Chumbo”, tive respostas que não esperava. Uma leitora comparou-o com uma...