Desafio Criativo: Dia do Orgulho Nerd
Um
dos desafios criativos do mês diz respeito ao Dia do Orgulho Nerd. A missão
da vez é imaginar um novo universo para personagens da sua série,
filme, ou saga de livros favorita.
Vamos
aos personagens da minha história:
Dr.
Sheldon Cooper: gênio, físico teórico, com dois PhDs e nenhuma
habilidade para conviver com humanos. É o melhor e mais querido
personagem da série The Big Bang Theory.
Eu,
Robô: é um livro escrito por Isaac Asimov e publicado em 1950.
Nele, há diversas histórias sobre robôs no futuro. Escolhi o
capítulo cinco, que estou lendo atualmente, para a minha história.
Neste capítulo, cuja
história se passa em 2021,
temos:
Herbie:
um robô capaz de ler pensamentos.
Alfred
Lanning: velho engenheiro responsável pelos robôs.
Peter
Bogert: matemático.
Milton
Ashe: jovem diretor da US Robôs e Homens Mecânicos SA.
Susan
Calvin: especialista em psicologia robótica.
“Aquilo
era um precedente, mas era preciso fazer isto. A situação era
única, e alarmante. Pela primeira vez era preciso chamar alguém de
fora das fábricas da US Robôs e Homens Mecânicos SA, então por
que não chamar aquele considerado o homem com o maior QI do país?
Uma
pessoa normal ficaria espantada com o chamado desesperado da grande
firma construtora de robôs. Mas Sheldon Cooper nunca foi uma pessoa
normal. Ele viu o chamado como algo natural, e que tinha inclusive
demorado demais. Mal podia esperar para resolver tudo na US Robôs e
Homens Mecânicos SA e contar sobre suas façanhas para os amigos, em
especial para Howard – afinal, chamaram um grande físico, e não
um reles engenheiro!
Sheldon
nem se incomodou por ter de entrar na fábrica pela porta de trás.
Era uma missão secreta, e só quatro pessoas lá dentro sabiam da
crise que estava prestes a estourar. Quatro pessoas e um robô.
Sheldon
foi recebido pelo chefe da missão, Alfred Lanning, que lhe entregou
um relatório da situação. Com sua técnica de leitura dinâmica,
em meia hora Sheldon já estava a par da situação e pronto para
conhecer o resto da equipe.
Susan
Calvin e Milton Ashe o cumprimentaram com um aperto de mãos, que ele
retribuiu, mas com um pouquinho de nojo. Peter Bogert, o matemático,
estava debruçado sobre planilhas, com o cenho franzido, e apenas
grunhiu quando Sheldon entrou.
Logo
o brilhante físico foi levado por Susan para conhecer Herbie, o robô
que lia pensamentos. Sheldon só acreditaria naquilo vendo. Mal botou
o pé na sala, Herbie levantou os olhos do livro que estava lendo e
disse:
-
Ora, doutor Cooper, estava esperando sua visita... mesmo sabendo que
o senhor não acreditava em mim.
Sheldon
deu um pulo, sobressaltado, mas no segundo seguinte já se convenceu
de que alguém tinha alertado o robô sobre a visita.
-
Não, ninguém me disse que você vinha. Soube apenas quando captei
suas ondas cerebrais.
Completamente
imóvel, Sheldon olhava com espanto não para o robô, mas para Susan
Calvin. De alguma maneira, ela lhe fazia lembrar de Amy Farah Fowler,
sua namorada.
-
Amy é realmente adorável. Vejo que o senhor gosta muito da
participação dela nas gravações de Fun with Flags, doutor Cooper.
Sheldon
ficou ainda mais surpreso. Quis correr, voltar para Pasadena, ligar
para a mãe e mandá-la benzer aquele robô estranho. Tapou os
ouvidos, como se o gesto impedisse que seus pensamentos fossem lidos
pelo robô. Não adiantou.
-
O bebezão está querendo a mamãe, é?
E
o robô completou a provocação com uma risada metálica. Depois,
voltou à leitura. Herbie estava lendo um best-seller da década
anterior, 50 tons de cinza.
Sheldon
precisou sair da sala amparado pela doutora Susan Calvin. Enquanto
ela ia pegar um copo d'água para ele, Sheldon não percebeu que
havia uma janela na sala do robô, pela qual Herbie podia
observá-los. Ele não percebeu também que alguma coisa havia mudado
dentro dele.
Herbie
havia colocado o livro sobre a mesa, fechado, e olhava fixamente para
Sheldon, que estava de costas. Susan Calvin voltou com o copo d'água
e, após bebê-lo, Sheldon resolveu matar outro tipo de sede, que ele
não sabia que sentia, e que por um impulso surgiu.
Sheldon,
com o cérebro sendo controlado por Herbie, começou a beijar Susan
Calvin ardentemente. O robô voltou a dar aquela risadinha metálica.
Estaria
o grande gênio da física condenado pelo resto da vida a interpretar
cenas de livros românticos lidos por um robô que agora controlava
seu cérebro?”
Só acho que precisamos de uma continuação dessa história. É como se a nossa série favorita fosse cancelada sem aviso prévio justo quando ia ser revelado o grande segredo de todas as temporadas. Letícia adorei a tua ideia e a maneira que você juntou as histórias. Me diverti lendo o texto assim como imaginei o Sheldon em cana cena. Parabéns!
ResponderExcluirGente! Adorei! Foi super divertida e bem escrita, quero continuação, siiim!
ResponderExcluir