Manifesto contra o Ano-Novo
Eu sou o Grinch do Ano Novo. Não gosto de vestir de branco, fazer resoluções, fazer contagem regressiva, ver fogos de artifício. Acho tudo isso uma bobagem. Poderia argumentar contra o Ano Novo de várias maneiras: dizendo que o calendário gregoriano é uma convenção que adotamos para contar o tempo, e que muitas culturas não comemoram a chegada do novo ano dia primeiro de janeiro; apelando para a compaixão dos amantes de animais, que ficam comovidos com o stress causado nos bichinhos pelo barulho de fogos de artifício; mas prefiro destruir o ano novo criticando quem não faz dele algo novo: nós mesmos. Eu sinto que o ano de 2014 para mim ainda não está acabando: está, no máximo, pela metade. Porque eu tive um péssimo começo de ano, e 2014 só foi ficar novo mesmo entre julho e agosto. Agora, com as coisas finalmente nos eixos, parece que me recuso a virar a folha do calendário. Não há um banho de poderes mágicos sobre a terra quando o relógio bate meia-noite. Pode haver esp...