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Mostrando postagens de janeiro, 2015

DPL: TOP 10: Melhores e piores adaptações de livros para o cinema

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Melhores Adaptações 5- O Mágico de Oz / The Wizard of Oz (1939): Não, o filme não é 100% fiel ao livro. Porém, é mais politicamente correto. As aventuras literárias de Dorothy são um bocado mais sangrentas e assustadoras do que as aventuras cinematográficas. Entretanto, aqui vence a nostalgia e o senso comum: o filme é tão belo e mágico que acabou substituindo o conteúdo do livro em nosso imaginário. 4- O Processo / The Trial (1962): Fato: eu vou gostar de qualquer filme feito por Orson Welles, mesmo que eu não o compreenda por inteiro. Aqui ele usa todos os truques e a atmosfera opressora do preto e branco para transmitir com perfeição o desespero e o absurdo de Josef K, o homem que tem sua vida revirada por uma pendência na justiça. 3- O Menino do Pijama Listrado / The Boy in the Striped Pyjamas (2008): Todo mundo com um carregamento de lencinhos? Tanto o livro quanto o filme são muito emocionantes. Li o livro quando era best-seller e ainda não havia sinais de que a h

DPL: Gêneros literários favoritos

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Os blogs organizadores do Desafio Power Literário ( LiteraMúsicas , Sphera Geek e Dobradinha Literária ) andam muito nostálgicos. Neste segundo Desafio, a primeira missão consiste em relembrar os gêneros literários que fizeram parte da nossa infância. Prontos para fazer essa viagem da memória comigo? Clique para aumentar! Primeiro: desde criança sempre fui pé no chão. A fantasia amalucada, impossível e improvável nunca me conquistou. Nada de monstros, super-heróis perfeitos, poderes mágicos, bruxos e criaturas mitológicas. Ora, o mundo real está cheio de possibilidades e nada melhor que explorá-las antes de partir para um mundo 100% imaginário! Bem, essa é minha opinião, mas muita gente discorda. Sem mais delongas, os gêneros literários favoritos da minha infância foram: Fábulas: Dois nomes sempre presentes nas leituras de escola eram Esopo e La Fontaine, dois antigos criadores de fábulas. Íamos além das princesas e do “felizes para sempre” do conto de fadas, porque na fá

DPL: Amor na Terra do Nunca

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A segunda missão (nível médio) do Desafio Power Literário 1.0 consiste em escrever uma história em primeira pessoa envolvendo os personagens da Terra do Nunca. Prontos para andar na prancha? Luz da minha vida, minha razão para encarar cada novo dia. Quando meus olhos encontraram o brilho dela, foi amor à primeira vista. Não quis mais saber de saborear a outra mão do capitão Gancho, porque agora meu cérebro estava ocupado 24 horas com seu brilho. A paixão louca logo deu lugar à preocupação: como um camarada como eu poderia conquistar uma garota doce, delicada e travessa como Sininho? Olhei para meu reflexo em um pedaço quebrado de espelho. Vi minha pele áspera, meus dentes pontudos, meu sorriso assustador, minha cauda longa e meus olhos aterrorizantes. Como a bela fadinha poderia se interessar por um brutamontes como eu? Fiquei também com receio de contar tudo para Peter Pan. Ora, ele sempre fora meu grande amigo, mas tinha um carinho fraternal por Sininho. Quem poderia me

DPL: Resenha: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll

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Está muito na moda ler distopias. Distopia é o oposto da utopia, ou seja, algo muito longe de uma realidade perfeita. Nas distopias, é comum encontrar governos totalitários, guerras iminentes e uma realidade “distorcida”. É o mundo de cabeça para baixo. Se você pensa que distopia é um conceito novo, está muito enganado. Décadas antes de Suzanne Collins, e companhia, já havia grandes distopias no mundo literário, como “1984”, de George Orwell, “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, “O Processo”, de Franz Kafka e “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. Você já deve conhecer algumas das passagens de Alice, provavelmente devido a uma das várias adaptações da história para o cinema. A questão é que não importa a ordem das aventuras de Alice, e nem se elas aconteceram todas no mesmo dia ou em dias separados. O que importa é que um dia a menina Alice seguiu um coelho branco que estava atrasado e encontrou um mundo onde lebres tomam chá com chapeleiros e rainhas do baralho

DPL: Mary Poppins & sua autora

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Se você viu “Walt nos Bastidores de Mary Poppins / Saving Mr. Banks” (2013), deve saber a história da autora P. L. Travers. No filme, conhecemos primeiro a amarga autora que não quer vender os direitos de sua obras para Walt Disney e, em flashback, descobrimos mais sobre sua infância difícil e o que a levou a criar a família Banks e a babá voadora. Mais sobre o filme daqui a pouco! Pamela Lyndon Travers foi o pseudônimo adotado por Helen Lyndon Goff. Ela nasceu na Austrália em nove de agosto de 1899. Sua infância foi marcada pela perda do pai, que morreu quando ela tinha sete anos, e pelo despontar de um talento literário. Seus primeiros poemas foram publicados na adolescência, em jornais australianos. Conhecida dentro da família apenas como “Lyndon”, adotou o nome Pamela Lyndon Travers para fazer teatro (aposto que você não sabia que ela foi atriz! Olha aí embaixo a Pamela no palco!). Em 1924, já com o novo nome, ela se mudou para a Inglaterra em busca de uma carreira lite

DPL: Livros que marcaram minha infância

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Confesso com um pouco de vergonha: quando penso na minha infância, me lembro da minha adorada TV à cabo, onde eu via desenhos repetidamente até decorar as falas. Eram todo tipo de desenho: Ursinhos Carinhosos, Tom e Jerry, Looney Tunes, animes diversos (Pokemon! Sailor Moon! Sakura Card Captors!) e tantos outros vistos nas manhãs de Cartoon Network e SBT. Havia também muitos, muitos desenhos da Disney em VHS (dá pra calcular o quanto sou velha) e, no final das contas, credito um pouco da minha imaginação fértil a essa enxurrada de animações. Eu não era muito ligada em música e o computador ainda estava em uma fase embrionária. Entrar na internet era coisa rara e que logo me aborrecia. Por isso, minha diversão favorita de infância foram os livros! Como todas as crianças da minha geração, li um bocado de Monteiro Lobato (quando ele ainda não era “politicamente incorreto” ) porque a turma do Sítio aparecia sempre no material escolar. Outros nomes constantes na lista de leituras e

Resenha: Doze anos de escravidão, de Solomon Northup

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Até a entrega do Oscar de 2014, eu nunca tinha ouvido falar em Solomon Northup. De fato, o homem de vida extraordinária fez sucesso com a publicação de sua autobiografia, mas passou muitas décadas esquecido pelo público. Voltar a lê-lo é mergulhar em uma das muitas manchas da história da humanidade, é relembrar uma atrocidade que jamais deve ser cometida novamente e é, em especial, se surpreender com o caráter humano a cada página. Solomon Northup era um homem negro, livre, habilidoso e inteligentíssimo. Ele morava perto de Washington com a mulher e três filhos e, uma noite, depois de negociar um trabalho como violinista em um circo itinerante, ele foi enganado por dois homens, que o drogaram, roubaram seus documentos e o venderam como escravo. A partir daí, Solomon viveria as mais cruéis provações por uma dúzia de anos, durante os quais sua liberdade e sua identidade lhe foram tiradas. O vocabulário do livro é esplêndido. Sim, é uma tradução para o português, mas não tenho dúv

Quem quer ser um (escritor) milionário?

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I- “ - O que você quer ser quando crescer, Júnior? - Escritor! E assim o silêncio sepulcral acabou com o clima do jantar em família.” II- “- E aí, o que você faz da vida? - Sou escritor. - Tá, mas com o que você TRABALHA?” Se eles podem, eu também posso! (Eles ganharam isso só em 2014!) Se você já foi corajoso o suficiente para confessar que deseja fazer da escrita seu ganha-pão, com certeza uma das situações acima lhe é familiar. Na última semana, tivemos um intenso debate sobre a possibilidade ( ou não ) de viver de literatura no Brasil. Afinal, dá ou não? Dá. Mas só se alguns fatores ajudarem. Um deles (o mais importante, a meu ver) é a sorte. O autor pode ter a sorte de se dar bem com um gênero que está em voga (porque muitos vão tentar seguir a moda, mas nem todos vão conseguir sem cair no ridículo), ter a sorte de ele próprio acabar lançando um gênero novo ou ressuscitando algum que andava esquecido, ou ter a sorte de cair na louca máquina de fabricação de ce