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Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro

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  Quem é vivo sempre aparece, diz o ditado. Quem é morto-vivo também, e eu sou prova disso. Ano passado, e no começo deste ano também, eu quase morri, mas até o final do ano eu (espero, talvez, quem sabe) não morro. E não, não foi de COVID. Foi de Brasil, como já apontaram por aí: quem tem um mínimo de humanidade e empatia está adoecendo de Brasil. Eu sempre fui fascinada pela pandemia de gripe espanhola , mas nunca me perguntei o que eu faria numa pandemia. Mesmo assim, descobri: faria - e faço - o possível. Ajudo. Reclamo. Respiro fundo, de máscara. E surto às vezes. Mesmo que minha rotina não tenha sido mudada pela pandemia - sempre trabalhei em home-office - tudo mudou e essa mudança, não para melhor, paira no ar e também adoece. O que eu faria numa pandemia? Tentar permanecer viva: isso já dá trabalho demais. O título do post vem de uma música do Belchior, com a qual eu fiquei obcecada vendo a maravilhosa série “Segunda Chamada” , no que parece o longínquo ano de 2019. Lembro-