Poeme-se!
Um homem se aproxima de mim: “Você já conhece a Poeme-se, a primeira grife do Brasil especializada em poesia?”. Depois, ele pergunta se eu já havia tirado minha pílula poética do dia, quer dizer, se eu já havia tirado de uma bombonière um pedaço de papel com um poema. Eu tiro o poema, leio, e pronto: fui conquistada pela Poeme-se. Esta cena aconteceu na feira do livro. Depois de ler o poema com um sorriso no rosto (era de graça o poema!), não resisto e vou ver o que a tal grife me oferece. Não comprei nenhuma camiseta porque eram grandes demais para mim. Outra atração eram os porta-copos com imagens de poetas ou dizeres como “Procura-se um amor que goste de Clarice Lispector”. Mais embaixo, canecas e cadernetas. Mas aí vieram os bottons. Ah, bottons são meu calcanhar de Aquiles! Comprei os quatro da imagem. O menor mostra os óculos de Machado de Assis, no maior lê-se Eu <3 Poesia. Os outros dois contém versões infantis de Olavo Bilac e Amélie Poulain, que não é poetisa, mas es