Autopublicação: prós e contras
Neste terceiro post já estou
desmentindo o título do meu blog. Afinal, eu tenho algo publicado, então posso
ser chamada de escritora, certo? Não exatamente. Sim, eu escrevi e publiquei
dois livros por conta própria. Mas eles estão lá, parados no site de vendas,
sem compradores. Dos que eu adquiri, somando os dois livros, vendi ou dei
sessenta, no máximo. E gastei. Muito. Perto de dois mil reais.
Optei pela autopublicação
porque sabia que editora tradicional alguma se interessaria pelo formato dos
meus livros: o primeiro mistura contos, crônicas e poemas, o segundo traz
críticas de filmes e listas relacionadas ao cinema. Eles não têm um foco
específico. Mas quem não está nessa situação pode optar também pela
autopublicação? Quais as vantagens e desvantagens deste método que é tão velho
quanto a imprensa, mas que revoluciona o mercado atualmente?
Primeiro, há dois tipos de
autopublicação: aquela em que você paga alguns milhares de reais e recebe
centenas de exemplares em casa para vender (coisa que até Drummond fez no
início da carreira) e aquela em que a publicação é sob demanda, o livro só é
impresso quando há uma compra, seja esta do próprio autor ou de um leitor (de
verdade!). Nesta última modalidade, o autor não precisa desembolsar um centavo
se não quiser.
A cada dia pipocam novas
oportunidades para a publicação sob demanda. No Brasil, entretanto, há um
problema aleijante: o preço. A maior parte do preço final do livro diz respeito
ao trabalho da gráfica. E por isso é vantagem publicar livros menores dessa
forma. Na hora de procurar um jeito de colocar meu romance no mundo, fiz uma
simulação em um site e perdi o fôlego: para um livro de cerca de 380 páginas, o
preço final é quase 70 reais! Valha-me Deus!
Na hora de publicar meu
primeiro livro, de 138 páginas, em 2011, pesquisei nas três principais
autoridades da autopublicação: a AGBook, o Clube de Autores e a Per Se. Os
dois primeiros são muito semelhantes, eu diria que muda apenas a cor do logo: a
AGBook é vermelha, o Clube de Autores é roxo. Optei pela Per Se, pois lá o
preço do livro seria mais baixo. Não posso reclamar da escolha que fiz. Neste e
no outro livro, fiz a capa, diagramei e revisei sozinha. Um ou outro errinho
passou, mas gostei do resultado.
E existe o novo xodó dos
autores (talvez nem tão novo assim): a Amazon. Ainda estou me informando sobre
a publicação pela Amazon (e pela Saraiva Publique-se!), mas creio que em breve
farei minha estreia em uma destas plataformas. Afinal, e-books são
infinitamente mais baratos e estão tomando conta do mercado.
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O autor autopublicado, pensativo |
Sim, há uma luz no final do
túnel: autores que hoje têm contrato com grandes editoras, como Eduardo Spohr e
André Vianco, começaram se autopublicando. Até E.L. James, autora da trilogia
dos “50 tons”, optou por começar como autora independente. No exterior, a
autopublicação mostra muitos novos talentos. Isso precisa começar a ser regra,
e não mais exceção, por aqui também.
Letícia quando li seu primeiro post pensei na hora nessa questão da publicação pelo Amazon e pela Saraiva, são dois meios que estão se popularizando por aqui. Eu sou viciada no Amazon, confesso que fico sempre ligada nas promoções e depois que leio algo e gosto compro o próximo trabalho do autor. Não sei se vc já viu, mas no meu blog estou sempre divulgando e incentivando a leitura de contos e ebooks, acredito que o bom leitor não tem preconceito lê um pouco de tudo e em todos os formatos.
ResponderExcluirDesejo sucesso para vc querida!!!!
Leituras, vida e paixões!!!!
Oi Lê, sou autor/idealizador do blog "Navegando Pelos Livros". Adorei seu blog, viu? Virei fã!
ResponderExcluirRealmente, ser autor é algo complicado. Ainda mais quando a gente está começando, pois precisa buscar essas alternativas se quiser ver seu livro publicado. Também tenho um livro publicado no Clube de Autores e sei como é...
Abraços!