Retrospectiva 2024

 

No Twitter – que sucumbiu conhecido como X e voltou xoxo, capenga, manco, anêmico, frágil e inconsistente – cheguei a dizer que fiquei nove anos sem publicar um livro, mas num único ano publicaria cinco títulos. Foram cinco títulos, mas três livros, pois em 2024 lancei minha carreira como escritora internacional para além de minhas críticas de cinema.

O ano começou com uma peleja: estava tendo dificuldades para publicar a versão em inglês do Dossiê Agnès Varda, chamado The Agnès Varda Files. Consegui solucionar o problema nos primeiros dias do ano, mas a versão em português, publicada em dezembro de 2023, fez bem mais sucesso. Chegamos ao vigésimo quarto lugar nas categorias “História, teoria e crítica” e “Cinema e televisão”. E quem leu aprovou!


Durante 2024, fui selecionada para três antologias do Projeto Apparere da Editora PerSe, pela qual publiquei meus dois primeiros livros, há mais de uma década. Pretendo prestigiar meus colegas escritores lendo os textos deles nas antologias, mas isso ainda está num futuro talvez distante - sabe como é, com a fila de leitura cada vez maior!

Em duas das três antologias escrevi poemas, provando que minha veia poética não havia se extinguido, estava apenas adormecida. Gostei especialmente de meus “Versos Machadianos”, escritos em homenagem ao meu escritor favorito, Machado de Assis. E continuei na poesia para mais uma empreitada, unindo minha paixão pelo cinema com a paixão pelo Nordeste e sua cultura: escrevi o “cordel à mineira” sobre a atriz e diretora Gilda de Abreu, que publiquei na Amazon.

Em meados do ano passei a fazer parte da equipe - muito unida e bem-humorada, diga-se de passagem - do Jornal Nota, um site sobre literatura mais especificamente, mas sobre arte de um modo geral, no qual me inseri escrevendo sobre cinema nacional. Não publiquei crítica de “Ainda Estou Aqui”, mas fiz diversas entrevistas que foram muito interessantes e recompensadoras.

O livro que virou três já foi apresentado aqui anteriormente: é “Menina Bonita com Mania de Fita”, meu primeiro infantojuvenil. Autobiográfico, sobre bullying e superação através do mergulho no mundo do cinema, fiquei muito orgulhosa com esta publicação.


Agora, verdade seja dita: o quinto livro do ano vai ficar para 2025, mas já está na linha do gol: mais um infantojuvenil, este chamado “Bicharada Rimada”. Não podia estar mais feliz com o projeto, as ilustrações e a editora que me acolheu para realizar mais este sonho. Acredito que escrever e publicar livros é como sonhar, e compartilhar sonhos com os leitores.   

Um ano que pode ser resumido em números: os cinco títulos publicados, os mais de 560 filmes vistos - dos quais mais de 180 foram dirigidos por mulheres - e os 20 livros lidos, entre os quais se destacou “Cem Anos de Solidão”, cuja adaptação para a Netflix também está soberba. 2024 foi bom demais. Espero que 2025 também seja, para todos nós.

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